O dia 10 de Junho de 2010 foi celebrado na cidade de Faro, o Algarve, foi assim escolhido para acolher o dia de Portugal.
O Dia de Portugal, ou como nas palavras de alguns intervenientes, o dia dos portugueses, ou o dia da Portugalidade, foi este ano um dia diferente, foi um dia de Portugal focado nos portugueses, no país, e naquilo em que a nação como um todo, deve, e pode enfrentar como já o fez noutras alturas em que graves crises a assolaram.
Várias ideias ficaram retidas para quem quis ouvir o discurso do Srº Presidente da Repúblic, sendo que ao arrepio de alguns tecnocratas que por ai defendem a intervenção de poderes exteriores, ( Comissão Europeia/ FMI ) Cavaco Silva vem relembrar que Portugal pertence aos portugueses sendo a soberania do nosso estado algo de inatacável. E assim, ser Português é algo que ninguém nos pode ou consegue ensinar.
Outra ideia que ficou, foi que Portugal é, e deve continuar, a ser um país coeso, sendo exemplo dessa coesão nacional, a inexistência de divergências e distanciamentos regionais e a cooperação entre estas.
Poder-se-á dizer, que a mais importante mensagem do Srº Presidente surgiu na parte em que o mesmo se referiu á crise que assola o país, aí, o enfoque surgiu na necessidade de haver solidariedade entre todos, ou seja, Portugal como país só poderá sair da crise se houver um verdadeira entreajuda de todas as forças sociais, sindicais, empresariais, cívicas, estatais, e governativas.
Terá de ser Portugal no seu todo a criar as energias necessárias para que como nação e como povo, possa criar as condições necessárias para ultrapassar as adversidades.
Os quatro ultimos parágrafos do discurso do Srº Presidente da Républica, demonstram a profundidade e gravidade da intervenção do mesmo, e que de forma inequívoca definem as próximas etapas a alcançar:
“No contrato de coesão nacional que temos de estabelecer, transversal à sociedade portuguesa, cabe especial responsabilidade aos agentes políticos, aos governantes, aos deputados, aos autarcas de todo o País.
Este é o tempo de fazer um esforço suplementar para concertar posições e gerar consensos.
As horas de infortúnio são momentos de responsabilidade. Este não é o tempo para querelas partidárias ou quezílias ideológicas que nos possam distrair do essencial. O essencial são os problemas concretos dos Portugueses.
Não escondo, como nunca escondi, a real dimensão do desafio que temos entre mãos. Temos de encontrar em nós próprios a força para vencer. Não baixemos os braços.
Estou certo de que juntos conseguiremos.”
(discurso na integra na página oficial da Presidência da República )
Hoje, dia 11 de Junho de 2010, começa o mundial de futebol na África de Sul.
